Augusta - Garimpo de Caderno II
- filhasdafruta
- 21 de mai. de 2015
- 3 min de leitura
AsPARTES DE MúSICA
garimpos de caderno em continuidade ritmica
(dia)
entro na rua xv que é a augusta me dou conta escrevendo que a rua vx é de curitiba bem que a lidia falou que essa rua poderia ser uma rua qualquer do mundo
e escuto um rapaz com violino grande tem barunhos de algumas dessas máquinas de construção e pés de pessoas a música do violino dá a sensação de que é para a alma para a alma para a alma
que vai assim criando atmosferas e................
ele pára meio brusco interrompe a música pra pegar o dinheiro do chapéu como se ninguém estivesse ouvindo a música inteira quando eu estava começando a me emocionar rs
era o dinheiro pro café
surge uma outra musica mais pra lá animada e antes que eu percebesse ele pega o instrumento o banco
...
o outro rapaz chega na mesa com turistas com o seu acordeom toca uma música para um casal de turistas e sai com algum dinheiro assim rápido chega e sai
(...)
em rota sigo
a caminho do mercado da ribeira pelo rio tejo
quase todos os lugares que há turistas há artistas aqui a música é estupenda e cria um jazz blues sei lá que som é esse estupendo de criar ambiências e tem um povo sentado para o sol com os pés no alto olhando o rio que nem filme – tipo como se estivessem num enorme barco parado tipo cruzeiros internacionais de chiques
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(outro dia)
augusta os instrumentos sairam pela lateral a voz que é de dentro sei de onde não ----- sai ---- tem pedaços de rua pra lá e pra cá o agogô começa – a lídia junto – separado – qual é a nova, sempre nova constelação? as pessoas passam por entre – escondi minha bolsa ------------ a letra da música inventada diz tenho uma poupança e não sei onde gastar --- um olho no peixe outro olho no gato – um banco no lado direito outro banco no lado esquerdo da rua essa é a disputa
(...)
a porta da rua já parece que tava aberta pra música – tem uma música na rua ---- descobrir a música da rua ----
tem horas que a gente toca junto
tem horas que tá meio de atravessado, por cima
pelo meio da maré as pessoas passam
quem olha os instrumentos e nossas bolsas?
os movimentos crescem geram olhares o som é demasiado não consigo ouvir muito a rua mesmo ela samba. a senhora de olhares. o bebe se meche. a maré cresce o silêncio. caminho.
o bruno pintor veio aqui para pintar o arco... se inspirar mas disse que hoje tá meio mal. acha que foi o rosa no quadro que estragou e o pincel vai borrando borrando
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(depois do dia que continua dia)
o sol bateu na janela das meninas que vira samba ilha e não sei mais o que um monte de gente pulando no sol, num pouquinho de sol que no fundo tem uma pulsação
“se eu tivesse condições levava todas para jantar”, disse o Hernani que gostou muito
falou que era oxigênio
eu ia lhe chamar só sol somente só assim vou lhe chamar assim você vai ser
… abre a porta e a janela e nuns instantes o sol se vai
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(notas no estúdio)
lá pelas tantas era como se tivessem várias linhas e sons que se casavam ou passavam lado -a -lado uns dos outros \ hora casando, hora juntando como textos que vão ou não se compondo
e até virar música que alguém fala
ou que alguém inventa
- camadas -
cami
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